25/10/23

Tubo da Gardunha . Parto sem dor

Quando passo aquele tunel, tenho vontade de gritar! abrir os braços e gritar, como se a serra desse á luz esta papoyla mal amada, e a projetasse para a vida.
Parto sem dor.

qd ela n morre

Apontamentos para próximas dissertações
"fiquei sem chão, assim que te vi" e
"ela diz que se vai matar, mas nunca mais cumpre a promessa..."
já tive mais longe de abrir consultório sentimental...
"ele ligou a dizer q estava a ver futebol e se tinha distraído das horas.. mas q fosse ia lá ter qd pudesse (14:49). Perante tanta informalidade, a tua prima tira a maquilhagem, troca a a formalidade pelas as gangas,  entala as sabrinas rasas, tira a salada de fruta da taça chique e  mete tudo no tuperware,  á espera de o ver de chinela pendurada no dedão do pé, inerte á frente da tv,  batatas fritas a povoar q sala.  
(14:59) Chego e tcharam...  disse q tinha adormecido e visto futebol (duas desculpas) mas tinha jantar pronto, com mesa posta para dois e 30 velas perdidas pela casa a chamar a corporação de bombeiros.
Já dizia a Luisa Teixeira, essa grande filósofa: 
"Um homem é como um bom soalho flutuante: Se for bem montado, pode ser pisado durante mais de 30 anos"


08/11/07

A Papoila (uma seca)


"Ana Rita exercera sobretudo as funções de namorada de Miguel Maria, e depois de noiva de Miguel Maria, e depois de mãe dos três filhos de Miguel Maria e de anfitriã dos jantares de Miguel Maria. Nunca tivera grande coisa que fosse mesmo sua; preparava-se agora para exercer as funções de avó dos netos de Miguel Maria (...)"
Clara Pinto Correia

(obrigada, prima)


Torrei duas horas a ler o Expresso ( ok, era a revista) e esqueci-me do café. Cada vez que o tentei beber, já era uma crosta repugnante, e perdi nestes 300 km que me separam de casa, a força de carácter que me fazia pedir o 3º , sem ter provado os dois que secaram na mesa.

Ao meu lado, há uma mesa com 3 lugares comuns, 3 viúvas, com ou sem falecidos - sei lá - 3 Comadres de Windsor. Entre laca e porte, espremem os defeitos das noras e as virtudes das filhas. Os cafés delas não secaram a tempo e foram engolidos sem dó nem piedade, gemem os restos mortais na ponte estética.

Todas têm o mesmo penteado, caracóis desenhados à força, com riscas de várias cores, armados a partir da testa, a morrer na nuca, em corte rente e ameaçador. Colecções de experiências únicas: 1º amor com o 1º que as quis, 1º filho no 1º ano de casamento. Ainda falam do 1º vestido, do 1º baile, do 1º beijo. Só se esqueceram porque batia o coração.


A D. Odete está muito revoltada: Ele é o custo de vida, é a ingrata da da nora, é a irreverência do padre... tudo embrulhadinho num discurso apaixonado, de quem não está para aceitar as coisas que a fazem sentir-se viva. Usa um padrão vestido que não consigo perceber, e pela bainha, promete uma combinação de renda cor de chá, a grande maluca, sim senhor! É já a minha preferida!


A D. Luísa concorda, também tem as mesmas queixas e vai pondo achas na fogueira, de leve, não vá espevitar o lume, deixai-o dormir descansado.

A Terceira mantêm-se calada, como a ilha, entre "ah, coitadinho!", e " ai, pobrezinho!". Tudo é pequenino e digno de piedade para ela. Não sei o nome, ninguém a chamou. Embrulha as duas mãos, e junta os joelhos firmemente, como quem se prende para não correr.

Tem os nós dos dedos brancos de pressão e as faces da mesma cor, por baixo do rubor do blush rubi ou capilares. Tem à frente um livrinho com uma cruz, e sementes de medalhinhas penduradas no fio de ouro e nas pulseiras. Deve precisar de andar bem protegida, e os santos estão fartinhos de a ouvir!

Acho que esta bebe às escondidas.


Vamos viajar no tempo e no espaço, aqueles 300 km, e vamos à Sacolinha, Bairro do Rosário (vamos, prima? traz tu, o Independente!)

Imaginemos três velhotas com 50 anos de urbanização nas rugas, já recauchutadas com qualquer químico, carregadinhas de pedigree Visa. Discutem qual o melhor paraíso pras falecidas rugas....quem faz o melhor preço "ó kida, nem imagina o que o Albertoni faz por si, não é que precise claro, mas dava-lhe um jeitaço ás manchas do sol, não é? Sabe lá... E o que pensam dos homens que não as estimaram:
Um homem é como um bom soalho flutuante -Se for bem montado, pode ser pisado durante mais de 30 anos (obrigada, Lu)

Tenho medo de vir a ser assim.

Apetece-me deixar crescer cabelo e unhas, e limpar o bâton. Descalçar-me e correr rua abaixo, gritar ás ovelhas e ás velhas - que iriam sorrir de vontade de também sentir o chão.

Aposto que chegaria longe, bem longe...
Bem... uns 2 km, porque também me conheço bem, e as minhas loucuras suicidam-se breves, no encontro com o meu olhar critico.


15/10/07

Quando o falecido não morre...

Andei aqui preocupada em não mostrar o meu lado ridículo, e afinal há mais eternas viúvas.

Então andámos a namorar um sapo que nunca chegou a príncipe, não é? Os anos passaram e do príncipe, nada!

Um dia, apesar dos esforços deles em nos matar a auto-estima, apanhamos outro vírus, por eles, em vida, chamado de rebeldia - desconheço o nome em latim - e adeus!

Mas invez de das maravilhas que imaginávamos que íamos ter, uma vez livres do animal, encontramos um universo paralelo, em que as nossas amigas ainda andam a tentar transformar sapos em príncipes (também as há felizes, mas isso não interessa a ninguém), e aquele gaijo boOomm que nos fez ter pena de sermos comprometidas, já anda a enganar outra ou desapareceu sem deixar rasto, e ficamos "buá buá", "coitadinha de mim", "ninguém me quer", e coiso. E então aparece outro vírus, cujo principal sintoma é "saudade".

Como mulheres inteligentes, nunca iremos admitir que sentimos saudades do animal, pois não? ERRADO.

Não admitimos para os outros, mas, cá dentro, onde ele se instala, ui! O gajo não só existe, como habita o coração e a alma, à larga, e nunca mais nos vemos livres do maldito inquilino.
Eu estou doutorada neste tema, ah pois estou! Sou a eterna viúva: já enterrei 3 e ainda n resolvi o luto.


No entanto tenho um plano para estas situações: Quando o falecido não morre, matâmo-lo nós. É a solução em 3 passos simples:

1º Juntem os restos mortais do animal - cartas, fotos, a meia que deixou lá em casa - e ponham tudo numa caixinha;

2º Embrulhem tudo os que resta deles em vós, soprem para a mão e fechem-na para não deixar sair nada, e enfiem tudo na caixa, tapando-a logo de seguida - porque estes sentimentos têm formas de escapar, volatizan-se no ar, voltando a instalar-se no coração, quando inspiramos. Atem a caixa bem atada. Para as práticas serve um cordel, para as românticas, fitinhas de N. Srª. do Bonfim, de cetim, lã trançada... quero lá saber! O que interessa é que a atem, e bem atada!

3º Depois de uma lágrimazita bem espremida - que fica sempre bem - lancem tudo ao mar! Na falta de mar, também serve um penedo ali na Estrela. O que interessa é que não haja forma de voltar a ver os restos mortais do defunto! Pra quem procura religiosidade no Oriente, também serve uma garrafa de álcool e um fósforo, em pira ardente, é poético, é bonito! e PUF! Adeus!

Se o gajo nunca vos deu nada, escusado será dizer que, nem merece o funeral...


E agora, o que fazer ? Também tenho a solução, em 3 passos simples:

1º Preencham o tempo que, de repente, têm pra tudo. Tudo aquilo que desejavam fazer enquanto assistiam ao Portugal-Turquia, de saca-rolhas na mão, prontas para ir buscar a cervejinha, é agora a altura! Inscrevam-se num mestrado, numa aula de dança, de ginástica, ou equitação;

2º Mudem de penteado e de roupa: por favor, anotem, que Top cai-cai ou míni-saia são duas peças que nunca se usam juntas ou começam a chamar-vos de Yolanda ou coisa parecida, e a acenar-vos com notas de 20 €;

3º Saiam de casa - apesar do que dizem as nossas mães, em casa não se fazem amigos! A não ser, que o vosso sonho seja conhecer pessoalmente a menina da AVON ou o técnico da Lisboa-gaz.

Tenho a certeza, certezinha, que é a terapia indicada para a patologia. Se quiserem verificar, estou disponível para qualquer funeral que queiram fazer, prometo levar flores, e até ir de vermelho! Sim, é de vermelho que se veste - não é motivo de Luto, voltar a viver!

29/09/07

O pénis é justo? (salvo seja)


"Ana: olha ontem tive a falar com o falecido
eu: ahhhhh estiveste a falar com o além...
Ana: lembrei-me de uma frase pra por no teu blog... ou um tema para um dos teus textos...
eu: diz ...é q é mesmo o que me apetece fazer hoje :(
Ana: dilema: o tamanho do mastro e a sua relação com a personalidade do animal.
Ana: coisa grande -> gajo tendenciamente egoista, egocentrico, convencido
coisa pequena -> gajo atencioso, dedicado, e generoso podemos acrescentar a lista de adjectivos
o que te parece este tema?
eu: difícil de agarrar com elegância,mas vou apontar a ideia
Ana: resumindo o tamanho pode ser importante, mas se não houver tamanho, as restantes características do animal, compensam, de certeza...que dilema:
um gajo bom, coisa S
um gajo mau, coisa XL"



Cruel dilema...
E agora ,agarrar nisto? (salvo seja.... vejam lá...)


Eu nem sei que tamanho tem a minha bagina, nem quero saber. Não é coisa que na adolescência se exiba no balneário, entre tricas de amigas e trocas de roupa (salvo seja).

Garanto, que nunca ninguém comparou a sua "Nossa Senhora" com a minha! Das restantes irmãs não posso garantir nada... mas acharia muito estranho!

Bem sei que eles o fazem... ah sabemos, não sabemos? Mas, aparte do ponto de vista clínico,imaginar 3 ou 20 gajos a comparar os "ai jesus", é interessante? Bolas (salvo seja)!

Vamos lá ver, qual era o assunto?
Ah sim..será a bagina graaande como o coração? Ou varia na razão inversa como sugerido em relação ao animal? Ou seja: Há uma relação entre o tamanho e a cretinisse do animal?

Pois não sei, não tenho experiência, não quero ter tanto, e podemos lançar aqui um repto para uma sondagem a nível nacional, e deve haver milhares que aproveitariam a oportunidade de uma vingançazinha catita!

Voltando à batata quente (salvo seja):

Se for o meu lado Mariazinha a analisar a coisa, diz já que sim, coitadinho do Joãozinho, que tenta compensar os desígnios da genética, e tal , o que pode ter um efeito degenerativo no carácter - Estás a imaginar os modestos, exibicionistas? - e a gente que os ature!

Já o meu Tony discorda, e promete fazer já umas quadras adaptáveis a qualquer melodia do Quim Barreiros, em que diz, que por o gajo por não andar satisfeito com a madrasta (quando a natureza é reles, não é justo chamar de mãe) refina a maldade e o gosto pela vingança - e a gente que os ature!


Não temos a sorte de os poder escolher dessa forma, tenho pena: um sinal exterior facilitava imenso a vida e aclarava as coisas, poupando-nos uma vida inteira a convencermos-nos que eles não vão mudar!

O que me preocupa, miga, é isto: ainda os tentamos perceber? ainda tentamos arranjar-lhes desculpas pró carácter ou pra falta dele? Ai bolas! (salvo seja)

Esse papel pertence a outra - ELES JÁ TÊM A MÃE!



17/09/07

PEXES....




"já te contei o que me aconteceu com dois pexes desses?

Comprei um aquário e dois pexes desses, e deram-me um daqueles dourados de brinde.
Os olharapos eram o Sardinha e o Carapau. o outro ficou sempre a ser o Brinde.

Um dia desaparece o Carapau... andei á volta do aquário a ver se ele tinha saltado pra fora... epá, desisti e comecei com olhar desconfiado prós outros dois.. né?

Passada uma semana desaparece o Sardinha, e o Brinde,. gooOoordo como uma carpa!

Epá, criei um ódio de morte ao Brinde que já nem o podia ver. Quando morreu, anos depois, teve funeral digno - despejei-o na sanita!

Acreditas que mal cai lá começou a mexer-se e a nadar outra vez? Epá, o gajo 'tava possuído pelo demónio, só podia!!!!

Entrei em pânico e puxei o autoclismo...deu 3 voltas à sanita, tipo carro alegórico, e desapareceu...

Não te passa pela cabeça!Senti um alivio exorcista quando acabei o trabalho...

Valha-me Deus..."

30/07/07

The little knight's dream

Little Martin had a recurring dream.
In his dream Martin faked an Arthurian knight.
He seated proud in the company of the brotherhood of the round table. Succor deeds unto others faltered not.

The dream, however noble and grand in nature, always ended on the same disturbing note. Someone always managed to discover the child beneath the shining armour, his secret revealed, and a knight no more.

Martin would wake time and again from his dream in tears. No matter his deeds of kind, his age betrayed unforgivingly.One day Martin made a friend. His best friend.

The dream recurred thereafter only once, but differed ending. Instead of wakening to the shameful parting of armour and title, Martin gladly abdicated both and arose with pronounced levity.

20/07/07

Tomatinhos com sal e ironia

Ingredientes:


-tomate
-sal
-ironia q.b.


Na origem de todos os males não esteve o pecado de Eva, mas sim a inércia do Adão, ou seja, se Eva por ser mulher é de qualidade inferior, tal facto deve-se com certeza á má qualidade da matéria-prima. Estão a ver a coisa?
Aquilo, assim, modelado às três pancadas, assim como quem faz bolas de neve, e da mesma forma, cuspido pro planeta... não sei, digam vocês, mas não me inspira confiança... 


E EIS ADÃO!

E puf! Ora aqui está o Homem..sim senhor...
Este gajo, sem saber ou perguntar como, vê-se deitadinho num campo de papoilas, entre passarocos e outra bicharada (que n vem ao caso) e sente falta de algo. Fez alguma coisa por isso? nahhhhhh senhori.... Chama pelo Paizinho, Este mutila-o sem dó nem piedade arrancando-lhe um osso, e atira-lhe com "a mulher" (para companhia com certeza, fritar um ovito, e para amenas conversas à fogueira e tal...Porque o resto era pecado). 

E EIS EVA!

Ora o homem teve fome. Levantou-se para ir á faina, desencantar um tubérculo ou apanhar um bicho? Nahhhhhh.... faz-se de vitima, coitadinho e tal, ai que já marchava qualquer coisa. E quem foi tratar do assunto? Quem? Ah pooois - A moura da Eva! Moura,  depois a ímpia!
Lá subiu aos escadote depois de bem enganada pela minhoca (maçã não ter serpente, tem minhoca) e que aquela é que era fruta doce, e tal, carregadinha de pedigree, livre de caldas e de bichos
, e com certeza UE.

Afinal, a fruta era de qualidade inferior e teve como efeito secundário o indesejado despejo.
Neste momento abro um parentesis, ora aqui vai ele, reparem:
 (O paraíso era uma espécie de condomínio em que se tem tudo, desde que não se queira ter tudo: Até tem lá a piscina, mas nem se atrevem a realizar uma fantasia com 20 anos - que foi a razão de se terem metido na afronta das prestações por 20 anos - e tomar banho á noite, na água morna com vestígios de sol, porque e tal, o condomínio não deixa.
 Se os Ferreira uma noite, largam o juízo, apanham uma garrafita de JP, os filhos fora de casa, um momento de verdade, e saltam nus - excepto o soquete - para dentro da piscina... Ó bolas, Dia do Juízo Final: Vem o Condomínio - Espécie de Deus urbano, que nunca ninguém viu porque ninguém vai ás reuniões, mas é representado pela santíssima trindade: Presidente, Vice-presidente e Secretário - e retira aos condóminos o direito de usar o paraíso... Mai nada! Sem contemplações! Estão a ver a coisa?
E agora retomo o assunto, fechando o parentesis.)


Pois ainda hoje  andamos a cumprir pena. Se por acaso ele é quem andou a roer maçãs, nós ficámos a lavar loiça - ah, coitadinhaaaas! Poizé: adoramos ser coitadinhas.

Mas que sub raça de raça é esta, que defende o mau carácter com mau feitio, e se sujeita ás vontades de alguém que nem a merece?


Gaijas: Eva morreu, ok? (acho que foi mesmo este o castigo, a morte, porque antes era uma desgraçada de uma imortal, espécie de paraíso inventado pelos homens, em que uma mulher nem pode morrer para descanso dos afazeres domésticos ) e pelo que se percebe, nunca chegou ao duplex com piscina nem em vida, nem depois desta, porque a julgar pela descrição de inferno, aquilo assemelha-se mais a uma cave com caldeiras que à sauna dum SPA.

Por isso, não seria mais sensato, investir no SPA, rodeada de amigas, supé-giras,
supé-loiras, supé-aiquegiro, tipo Margarida Rebelo Pinto, que sozinha á espera que um neto apareça?

"Bora" lá ser supé-'migas, váaaa.
Por mim, podem ficar com todos os Adões do Mundo.

Ok, excepto um que me anda a trazer maçãs.

07-07-07

NÃO TENHO SAUDADES TUAS, PORQUE VIVES DENTRO DE MIM!